quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sai Marina Silva, entra Carlos Minc

Nunca fui muito politizada. Sempre me dividi entre as opiniões otimistas de minha mãe, mais conhecida como a personagem “Velhinha de Taubaté” de Luis Fernando Veríssimo, e o pessimismo extremo de meu pai, militar durante o governo de Figueiredo (totalmente descrente do poder atual das forças armadas).

Mas minha consciência política vem se desenvolvendo de uns tempos pra cá. Com certeza morar fora fez crescer dentro de mim opiniões próprias. Ver outros modos de se conduzir a política de um país e, principalmente, observar um povo que acredita – e sabe – que pode mudar as diretrizes de seus governantes, me fez ver que as coisas não estão fadadas a ser o que são. Há esperança!

Ou não.

Vejo de maneira cética a saída da ministra Marina Silva. Que, diferente de nosso presidente, aproveitou seu crescimento político para se instruir. Que, diferente de nosso presidente, continuou fiel aos seus ideais.

Talvez seja o pessimismo de meu pai correndo em minhas veias. Mas vejo Carlos Minc como um personagem destinado a entregar a nossa Amazônia a madeireiros e ruralistas, quem sabe até a estrangeiros. Acredito ter sido ele escolhido para ser usado como imagem ambientalista, mas que por trás dessa imagem muito possa acontecer sem que percebamos.

Espero estar errada.

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